Thursday, December 21, 2006

Prémios da Bienal de Caricatura e Desenho Humorístico de Santa Cruz de Tenerife

Caricatura Pessoal
1º prémio: Omar Figueroa Turcios (Colombia- España) Obra: Federico García Lorca (Reproduzido acima.)
2º prémio: Dalcio S. de Oliveira Machado (Brasil)Obra: Bin Laden
3º prémio: Franciso Ortíz González (Santander – España)Obra: Tim Burton

Desenho Humorístico
1º prémio: Cláudio Antonio Gomez (Brasil)Obra: Sombras
2º prémio: Omar Figueroa Turcios (Colombia-España)Obra: sem título
3º prémio: Jovan Prokopljevic (Serbia y Montenegro)Obra: sem título

De destaque o duplo prémio de Omar Turcios, um dos magos da caricatura universal.

Wednesday, December 20, 2006

PRÉMIO IBEROAMERICANO DE HUMOR GRÁFICO QUEVEDOS 2006


El dibujante gráfico argentino, Eduardo Ferro, ha resultado hoy elegido como ganador de la quinta edición del Premio Iberoamericano de Humor Gráfico Quevedos, que convocan los ministerios de Cultura, Asuntos Exteriores y Presidencia y promovido por la Fundación General de la Universidad de Alcalá.
El dibujante argentino Eduardo Ferro (Agosto, 1917), humorista gráfico e historietista, está considerado el Maestro de Maestros y decano absoluto del Humor Gráfico argentino. Aplaudido por el público lector que lo ama, Ferro es admirado y respetado por todos los colegas argentinos y latinoamericanos. En toda su obra - desde el chiste gráfico de una sola viñeta hasta la historieta humorística más sofisticada- Eduardo Ferro pone en poético manifiesto las virtudes y defectos del ser humano (en particular) y de la sociedad (en general). Ferro es un maestro que enseñó el oficio del humor y enseña desde tres frentes: desde la obra, desde el lugar del trabajo, y desde el aula.
El Premio Iberoamericano de Humor Gráfico «Quevedos» está dotado con treinta mil (30.000) euros, es de carácter bianual, y en las anteriores ediciones ha recaído en Antonio Mingote, Salvador Lavado “Quino”, Chumy Chúmez y El Roto.

Monday, December 18, 2006

Caricaturas Crónicas 26

UM SORRISO PARA OS HOMENS DE BOA VONTADE
Por: Osvaldo Macedo de Sousa

A caridade é uma característica natalícia, momento em que certas pessoas fazem a limpeza de consciência, para um novo ano de competitividade. Leal da Câmara já dizia: «Saber rir é já alguma coisa, mas fazer rir aos outros é mais do que um talento. É quase uma caridade.» Só que nem sempre os deixam ser caridosos.
O Natal tem sido desde sempre um elemento de inspiração para cartoons, apresentando o Zé como o menino divino, à volta do qual rondam os políticos à procura do voto; apresentando os Zés como reis magros, a despirem os seus presentes perante o menino-governo.
O centro das atenções é sempre o menino-político, rodeado pelos aduladores e pela animalidade, ou seja, os burros e as vacas que proporcionam os tempos de fartura ou minguança. Passam os tempos e nada muda, havendo para todos os anos uma esperança, uma caridade, um amor a cumprir.
A magia deste dia é como um sorriso que destrói conflitos, que arruína amarguras. Por essa razão, mesmo em regiões de religiões diferentes se fazem tréguas de guerras, se come mais uma rabanada pelos meninos com fome no outro lado do mundo, se adiam ódios, se sentem remorsos momentâneos por injustiças.
O humor é como esse menino-esperança, pois estabelece o diálogo entre os homens, sendo um antídoto do ódio e do medo. Libertador dos «maus humores» do homem, descontrai o ambiente de desconfiança e angústia que banha o mundo (os políticos e oradores utilizam muitas vezes o humor para início de um diálogo).
É não só um «ambientador», mas também um «corrector». Quando nos rimos de alguém não só provocamos uma descontracção nos medos do nosso inconsciente, como «matamos» esse alguém, nem que seja por uns segundos. Nesse «assassínio» momentâneo criamos uma defesa contra os possíveis males que advêm do outro, sublimando-os em riso-amor. Ao mesmo tempo que podemos visionar as nossas potencialidades e fraquezas, tomamos consciência do que somos e de como nos podemos defender das agressões exteriores. Só quem se conhece bem é que se pode defender.
Nesta faceta «assassina» do humor, também existe o caso de nos encontrarmos como cadáveres momentâneos, transformando-se então o humor numa forma de podermos destruir as nossas fraquezas e inferioridades interiores. É como que uma auto-expurgação ou destruição dos pontos fracos por onde o nosso inimigo pode atacar. O humor pode ser um meio de defesa que castiga os defeitos e ameniza os caracteres.
Pode ser também utilizado como controlador do pensamento, ajudando a quebrar a rotina, os hábitos e as teorias enquistadas no comodismo, demonstrando como elas já não são realistas com o mundo, e deste modo apontando o caminho na evolução, pela irreverência. O humor tem o «dom» de nos fazer reflectir (ou pelo menos deveria ter) e esclarecer as contradições que existem no nosso pensamento, porque destrói as máscaras e desnuda as nossas fugas.
O humor não consiste na criação de um mundo totalmente original, mas numa nova maneira de ver, uma apresentação diferente daquilo que as pessoas olham, mas não vêem por simples alheamento do que é quotidiano e monótono, ou por fuga inconsciente. O humor obriga a despertar, a sentir o que se passa à volta - como dizia Freud, «o humor não resigna, desafia».
Desafio não os deseja o Governo, preferindo a passividade dos pais, com o sorriso de algumas crianças perante os presentes que o Pai Natal, apesar de tudo, consegue sempre dar.
Com um sorriso como lema haverá sempre boa vontade entre os homens, porque já diz o ditado: «Natal é onde e quando quisermos».

Tuesday, December 12, 2006

Caricaturas Crónicas 25

O ZÉ P(R)0-VINHO
Por: Osvaldo Macedo de Sousa

Há imagens que se agarram à pele como sanguessugas, ou como impostos, e dificilmente se consegue ludibriá-las. Uma dessas imagens é a caricatura, ou a caricatura - símbolo.
A caricatura é na essência a síntese ligada à exageração, é a imagem do pensamento simplificado, é um código em arte. A caricatura, como expressão de um pensamento artístico, é uma filosofia, o símbolo supremo de crítica e economia de pensamento. É uma verdade embuçada no riso, riso aberto, ingénuo, e por vezes alarve de um Zé-ninguém.
O ser ninguém é ser tudo, é ser em potência todas as virtudes e defeitos de uma sociedade, é ser a incógnita, é ser o povo - o soberano de tudo e de nada.
O Zé-ninguém, ou Zé-povo num país de vinho, como Portugal, transformou-se em Zé-povo + vinho, ou seja. Zé-povinho nascido na colheita de 1875, da cepa bordaliana. Pelo menos é o que aparece nos anais da história: a 12 de Junho de 1875, Raphael Bordallo Pinheiro introduz no seu jornal «Lanterna Mágica» uma personagem representando o povo, ao qual pedem uma esmola para o Santo António - Fontes. A essa personagem deram o nome de Zé-Povinho, extorquido desde seu nascimento.
O Zé que, antes devia ser Manuel, por maioria democrática da toponímia portuguesa, é o símbolo deste povo marinheiro, que prefere terra firme, para a sua sesta; deste povo de esperteza saloia, que se deixa levar ingenuamente. E o símbolo do homem desconfiado, mas ingénuo, o revoltado, mas indiferente, o alegre mas saudoso, a síntese do povo português como simbologia caricatural gráfica.
A história dá o seu nascimento em 1875, mas, como todos os seres, tem os seus antepassados, pré-históricos. Os antepassados, desta figura, não falando no homem que muge, são vários, destacando-se, contudo dois exemplares: em 1856, Nogueira da Silva apresenta no seu «Jornal para Rir» o primeiro soberano popular - um pobre miserável de cajado na mão que afirma, no seu mutismo: «O Estado sou eu»: Esta é, pois, a nossa primeira representação num «boneco» caricatural como povo; como país, e como soberano da miséria do nosso reino. Nessa gravura a ambiguidade dilui os três significantes num só, ambiguidade que ainda hoje se mantêm até aos nossos dias, na figura do Zé-Povinho. Em 1875, no «Asmodeu», surge uma caricatura anónima («Receios ephemeros dos accionistas d' um caminho de ferro»), onde um «pré-zé-povinho» dorme na linha, no qual aparecem já vários elemento fisionómicos que o caracterizarão.
O Zé é criação de uma tipologia-povo, como invólucro que apesar de se falar, no seu esvaziamento interior (1), na sua pachorrice (2), tem repentes de expansão incontrolada (3) qual tufão na política. O seu espírito recalcado não é como o vinho espirituoso, é antes um processo «montanhês», que na sua rudeza gasosa se expande em breve espuma.
O vinho quando sobe à cabeça dá para ser grosseiro ou melancólico, e se por acaso não há vinho na cabeça dó Zé, há brejeirice e saudosismo nesta caricatura em símbolo.
(1) - «A propósito das cabeças do Zé-Povinho na exposição das Caldas: - O sôr Bordallo sempre é um homem habilidoso!... Realmente este mel retrato, está muito parecido mas, assim, de barro, oco e sem testa... - Exactamente meu Zé. É oco como tu, de barro frágil como a tua consciência, e não tem testa, ou se a tem encobri-a, por compaixão...» (Almeida e Silva in Charivari de 1l/2/1888)
(2) - «É mister trazer bem pago / Quem nos cai sobre o espinhaço: / o povo esportela o bago, / a tropa fá-lo em bagaço» Raphael B. Pinheiro, in «António Maria» de 28/8/1884)
(3) - «O povo tem uma expansibilidade revolucionária mil vezes superior à de certos gazes. Os tiranos tentam comprimi-lo. - Julgam-no bem preso n' um cofre, pesam-lhe em cima com toda a força do seu despotismo, cercam-no de tropas... - E vai ele um belo dia rebenta, e faz estilhaços de tudo quanto apanha» (Manuel Gustavo B.P., in «Pontos nos ii", de 6/3/1890).

Saturday, December 09, 2006

Caricaturas Crónicas 24

A PARÓDIA POLÍTICA
Por:Osvaldo Macedo de Sousa

Os governos formam-se... Caem, os políticos elegem-se... Substituem-se. A única que sempre persiste no tempo e no espaço é a Política, essa "Porca" que dá de mamar a todos, seja de que quadrante for, desde logo que o queira.
Mudam-se os nomes, não se mudam os costumes («os portugueses são essencialmente conservadores. (...) Se nós mudamos com frequência de fato, nos recusamos obstinadamente o mudar de ideias» (R.B.P. in a Paródia), e o Raphael Bordalo Pinheiro (com apoio de seu filho Manuel Gustavo), o «historiador» caricatural da política oitocentista bem o sabia, o que o levou quase como testamento, a visualizar a política em símbolos animalescos.
Foi na Paródia, quando a velhice o afastava de Lisboa, e o século procurava virar a página. Surgiram então, espaçadamente, as várias caricaturas do poder político como acto de governação. Anteriormente já tinha «consagrado» o Rei Fontes, criado o albardeiro «Zé Povinho», definido o político da seguinte forma: «Todo o homem político do nosso país é honrado, honesto, trabalhador, probo, virtuoso, etc. - antes de ser ministro. Depois de ministro passa a ser pulha, malandro, biltre, canalha, ladrão, assassino, incendiário. etc.» «E, entretanto, todos os honrados, honestos, trabalhadores, probos, virtuosos, etc... não fazem senão diligenciar para trepar, a ver se conseguem deitar a mão ao diploma de pulhas, malandros, biltres...» (in Pontos nos ii, 8/3/1888).
O político quando sobe ao poder altera-se, principalmente no conceito de barriga, o que faz com que tudo o que ele toque se transforme em «albardas» para o Zé, ou em alimento para o grande Zoo.
O Jardim Zoológico de Raphael é, por conseguinte, constituído pelos seguintes animalejos: - «A Grande Porca» (Paródia 17/1/1900), que tudo devora, para se manter em forma e poder dar de mamar aos «barrigas» eleitos. Não se importa de chafurdar nas imundícies, e gasta grande parte da vida a dormitar. As suas tetas são um constante vazadoiro;
- Para que ela tenha a gamela cheia, e em segurança, existe o «Grande Cão - Finanças» (Paródia 24/1/1900), um eterno esfaimado pronto a abocanhar um bom quinhão, um cão-de-fila protector dos deslizes porcinos;
- Companheira do cão, fiel amigo, e esperança dos crédulos está a «Galinha Choca - Economia» (Paródia 7/2/1900), boa poedeira, só que as ninhadas dela raramente medram neste clima, excepto alguns seres enfezados e fracos, o que faz com que o progresso não passe de um «Caranguejo» (Paródia 8/8/1900);
- Ora, para que a desilusão não invada o país, e o zoo, criou-se o «Papagaio - Retórica Parlamentar» (Paródia 16/ /5/1900), que nunca se cala, no desenvolvimento verbal do já dito, no empolgamento do desejo de um dia fazer, no exaltamento da ideia original que todos já tiveram, no emparceiramento com a «Rata - Burocracia» (Paródia 22/8/1900), que tudo mina para a comodidade latente dos «barrigas»;
- Paralelamente, como entretenimento e consolo do Zé cria-se o «Cágado - Beneficência» (Paródia 28/11/1900) e a «Burra - Instrução Pública» (Paródia 16/1/1901), para que ele se possa entreter com a ignorância;
- Não sendo parte do Governo, mas elemento do Poder, existe a «Toupeira - Reacção» (Paródia 24/4/1901), que rói as raízes às pretensões de verdadeiro progresso, às germinações revolucionárias que querem alterar a passividade quotidiana dos «barrigas» instalados, é a força que esburaca os caminhos do País e das cidades.
É este pois o resumo, em visão satírica, do longo conhecimento sobre a paródia política que os Bordallos nos deixaram deste mundo cão.

Wednesday, December 06, 2006

Caricaturas Crónicas 23

UMA NOVA SESSÃO PRA-LAMENTAR?
Por: Osvaldo Macedo de Sousa

Um novo Parlamento se constitui, e S. Bento, «...depois de ter o cortiço bem limpo do enxame passado, acaba de chamar o enxame novo, que há-de fabricar o mel das contribuições, com que se dá, não diremos pelos beiços, mas pela bolsa de Zé-Povinho.»
«Como estas abelhas parlamentares gostam muito de faltar ao cortiço preferindo-lhe a Avenida, muito desejaremos que antes façam cera fazendo a Avenida, de que façam mel fazendo-nos de fel e vinagre.» (Raphael Bordallo Pinheiro in «Pontos no ii», a 7/4/1887).
Vem de longe a tradição e fama da doçaria dos conventos, mas no de S. Bento existe uma constante incógnita sobre os seus produtos. Talvez que, com a entrada na CEE, e a vigência da nova regra, se consiga a garantia de uma certa qualidade de fabrico.
Ora, se para o caricaturista se mantém a dúvida sobre esse trabalho, não a tem sobre o político que aí professa. Este, igual em toda a parte, não usa hábito, mas tem barriga. Na verdade (caricatural) o político é uma barriga ambulante que monta feira em São Bento: «Os deputados pimpões estão já no Parlamento; animam-se as transacções no mercado de S. Bento; e a venda das convicções vai cada vez em aumento, até que lhes vá aos fungões o Zé-Povinho jumento.» (Nogueira, in «Pontos e Vírgulas» a 20/10/1894). O perigo do jumento Zé-povinho coicear não é muito, já que o iludem com passes de mágica e encantamento. A realidade é que São Bento é feira, mas também circo, onde trabalham magos, malabaristas, trapezistas e palhaços de grandes artes encantatórias.
Nos anos quarenta do século passado, quando os nossos caricaturistas começaram a caricaturar a política, uma das primeiras imagens que nos deram foi a de um parlamento em funcionamento, ou seja, a dormir a santa sesta. Quando não dorme, vai tratar dos seus negócios ou da sua imagem resplandecente.
O político também pode ser um «ratão» na expectativa do seu quinhão de queijo, encobrindo-se nas suas penas de «pavão». Um «pavão» que quando fala se transforma em «fogo-de-artifício», porque após um pelo jogo de palavras, nada resta de concreto: «contra a saraivada grossa da oposição, abre-se o guarda-chuva da resistência, fazem-se ouvidos de marcador, deixam-se correr os marfins... e fica-se!» (Almeida e Silva, in Charivari, a 3/3/ /1888).
«No fim de contas, enquanto eles lá dentro grazinam, insultam e esbofeteiam, cá fora o pobre Zé burro geme esquecido debaixo da pesada carga, e morto de fome. Ele bem presta a atenção a ver se distingue entre a grande vozearia dos amos as palavras palha, erva, milho ou fava... mas qual quê?!... Já ninguém se lembra do pobre burro!» (Almeida e Silva, in Charivari a 12/1887).
O Zé ficava esquecido na cozinha da política, mas de si os políticos nunca se esquecem, mantendo a boa imagem do cozinheiro na trilogia figural da política: «Bonita, feia e de barriga. Três figuras distintas e só uma verdadeira... a de barriga.» (Sebastião Sanhudo, in Sorvete a 30/9/1883).
Ora, quando um duende previne que «no ministério entram magros, começam a engordar; d'aqueles que entram gordos, há pouco que recear» (anónimo, in Duende 1865); é porque existe uma razão concreta. A política é um mundo de barrigas que o Zé sustenta, mas que não compreende muito bem. Para ele chega um naco de pão e toucinho com um bom copo, enquanto o político é insaciável, numa mesa a que o Zé não tem direito.
«A política é uma coisa que cheira bem a uns e cheira mal a outros - A política está na barriga e é pela barriga que se conhecem os grandes políticos - D'antes chamava-se político a qualquer sujeito que cumprimentava sempre a todos com muita amabilidade...- Hoje chama-se político àquele que só cumprimenta em vésperas de eleições. - Chama-se «Grande Político»: a todo o indivíduo (ainda que seja da marca de Judas) que se sabe abotoar - Politiqueiro: aqueles que fazem política... para levar a vida... – Politicões: aqueles que já têm o rabo pelado com a política Políticos honrados: aos que viram a casaca muitas vezes segundo lhes sopra o vento... - Político independente, noticioso, literário e comercial, a todo e qualquer jornal que recebe subsídio - Eis aqui um dos muitos que arrotam postas de pescada a favor do povo esmagado com décimas... para subirem ao poleiro e, depois de se lá pilharem... - Porque tal, porque o povo pode e deve pagar mais! - É a política de todos!» (Sebastião Sanhudo, in Sorvete a 23/3/1884).
Esperemos pois que as novas fornadas conventuais retomem a tradição da boa doçaria e que não nos saiba a amargo de boca.

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