Saturday, December 29, 2012
Crónica persa - Rosário Breve crónica de Daniel Abrunheiro
Dona
Gerenciana Ávila de Montenegro sofreu, aos 87 anos de idade, a vontade
peregrina de casar-se.
Virgem
devota de horóscopo e condição, era senhora de seus dela haveres, plural que
incluía um gato persa, um naperon português, um jarrão da China e um pastel de
Tentúgal. Mais pinhais a perder vista, apartamentos na Lapa lisbonense, dois
petroleiros e uma caderneta da Caixa Agrícola com mais dígitos que eu caspa. Objecto
lúbrico de seu dela amor era um rapaz de breves 22 anos chamado Arnaldo. O qual
era marceneiro por castigo, que desistir de estudar no 8º ano dá nisto. Alto,
moreno, cabelo negro até raias de azul, espadaúdo, saudável como um pêssego e
portador de beiço grosso peliculado de saliva viva, o rapaz gelatinou as
deferências cardíacas de Dona Gerenciana, a pobre que pensava saber tudo da
vida até que o amor a arrastou em vórtice para os arrais desta crónica. Ventando-se
de nipónico leque à janela, a velha senhora esperava as nove menos cinco da
manhã e os três depois das seis da tarde de cada dia todos os dias, menos
domingos e meios sábados. Eram as horas a que passava Arnaldo, tão insolente
como inocente, deus de motorizada a caminho de setenta contos por mês. Belo
como o sol, fresco como a lua, Arnaldo lapijava, sem o saber, uma ruga nova,
cada vez que passava, no rosto já pergaminhado de Dona Gerenciana. Ele não se
sabia amado por toda aquela renda. O
rolo dos meses fez-se, num riscar de fósforo, dois anos. Aos 89 de idade, Dona
Gerenciana desfalecia mas não falecia, posto que o amor dá rijezas inauditas a
quem o sofre. Arnaldo, sempre marceneiro, sempre sem saber, passava sem saber
que ficava, mais fundo ficado e fincado no coração de melancia de Dona
Gerenciana. Esta história não é para rir, mas à vontade o faça quem a isto ache
graça. O gato persa, bufando de mau ciúme, escalavrou de sangue as varetas
varizentas de Dona Gerenciana, que estiolava de amor a uma janela que se
apagava. Arnaldo acabou arranjando outro emprego, pelo que deixou de passar.
Dona Gerenciana murchou como uma jardineira. As orelhas antigas fizeram-se-lhe
cera translúcida. O olhar, sumido pelo abuso da luz de quase um século,
amortizou-se-lhe como um resto de dívida. As sardas do peito uniram-se-lhe de
negro. Os joanetes pantufados romperam pela parede, causando mossas no reboco. Até
que, uma quarta-feira, Dona Gerenciana desistiu da janela. Recuou em passinhos
curtos de monge budista até o sofá, onde se lhe desmoronou o amor, todo o amor.
Chorou de mansinho a conta exacta de sal: se há coisa que a velhice traz, é a
medida certa do pranto. Depois, a coisa passou. Todas as coisas: o rapaz, a
juventude, a motorizada, a esperança, a saúde, a espera, a luz, a loucura.
Passou tudo. A senhora da Assistência Social veio dar com ela atravessada no
sofá, partida de tanto ter vivido sem viver. Chegou o ouvido à boca dela e
ainda teve tempo de guardar um sussurro sem explicação: “Eu volto, Arnaldo”.
Artafacto 58 de Omar Zevallos
Se acaba el año y un número más de Artefacto, que espero el próximo año se renueve y pueda conseguir auspicios para seguir haciéndola.
espero la disfruten, la difundan y la repartan.
Un abrazo y Feliz Año Nuevo!!!!
Omar Zevallos
Downsload in
Sunday, December 23, 2012
MERRY CHRISTMAS
AND
A HAPPY NEW YEAR !
AND
A HAPPY NEW YEAR !
--
A Cartoon a day keeps Cardiologist away !
A Cartoon a day keeps Cardiologist away !
Não me leves de Audi a ver montras ou feiras - Rosário Breve – Crónica de Daniel Abrunheiro
Aqui sou. Trabalho os papéis. A manhã já lá vai, não voltará. Outra por ela sim, como se nada fosse o íntimo ínfimo sentido de tudo. Um carro, além-rio, desce em solidão uma via secundária. Assim por igual cada um, não há nem é novidade. Deixo que os elementos me pensem.
Derredor,
as mesas prandiais estão por recolher. Os fregueses foram às vidas, as
empregadas preparam o desarme dos cacos: pratos, chávenas, talher, garrafas, papéis
engordurados que ao menos serviram, como o estudo honesto da gramática, para
limpar a boca.
Se
me erguer daqui (ou disto) para um périplo pela Cidade, receio que as montras
me convidem a adquirir, não as natalícias inutilidades douradas do costume, mas
gente desvalida e relegada à subcondição de manequins de presépio franco: uma
professora reduzida ao mesmo zero do horário, um enfermeiro de menos de trinta
anos por dez réis de mel mal coado à hora, um agricultor de milho & batata
desavindo com a seriedade da terra, um ceramista sem barro e sem saber que
fazer das mãos, meia-dúzia ou uma centúria de jornalistas já não rapazes a quem
resta a redacção de folhetos de hipermercado (vulgo “conteúdos”), um polícia
mal aposentado que só agora descobre que andou toda a vida a (salva)guardar
ladrões – e um que outro autarca apeado à roda-baixa por ter cometido a local
insensatez da honestidade pública.
O
meu receio é interrogativo: quem me garante que o Ano Novo não será o do
relançamento das populares feiras de gado, substituída porém a cornúpeta
animália pela humana fauna ex-laboral?
As
moedas dão-me ’inda, todavia, para outro café, tenho do Sttau Monteiro o resto
de Felizmente Há Luar! para ler (nem
que só para reiterar que, entre o 1961 da edição prima da peça e o agonizante
2012 nosso, se dá uma contemporaneidade iniludível), se calhar demoro-me por
aqui um pouco mais a sul do céu, que hoje é uma campânula pardacenta, grisa e de
uma nublação sufocante aliviada apenas pelo zunzuar cuteleiro do vento. As
próprias aves parecem atordoadas: a falta que a luz lhes faz é a mesma que a
nós. Jovial excepção à sorumbática regra é a glória mijona daquele cachorro ao
pneu traseiro daquele Audi preto: um príncipe vadio que, como cidadão em manif,
se liberta em plena rua sem medo do bolor do ontem nem da mais que provável
antiguidade do amanhã.
Tendo
decidido ficar com o meu Sttau (arriscando-me embora a ter angústia para o jantar), acabo sendo remunerado pela pontual visão
da passagem de uma que outra portuguesa: esta de tão elevado mérito verde à
altura dos olhos com que nasceu para (vi)ver, aquela de tão perfeita turquês de
pernas tão bem agasalhadas de fazenda ambarina, aqueloutra ’inda que cangurua num
homem o desejo todo marsupial de lhe ir ao ventre.
Palavreado
de pobre, enfim, com que remendo, remendão, o rasgão inconsútil de uma vocação
de trapeiro.
E
quando finalmente me decido, nem que por tíbia imitação mas glorioso arremedo,
a fazer alguma coisa bem feita, descubro que o Audi preto de há parágrafos se foi
embora já, pelo que só me resta uma dessas moitas devolutas que, por aí como
por aqui, sempre são coisa que não falta, à falta de melhor e infelizmente ao
luar.
VI “NOSOROG” Magazine Cartoon Competition
Magazine for satire, humor and cartoons “Nosorog”
organise its sixth international cartoon competition!
Theme:
USA (United States of America)
“How do
you see them“
Cartoon,
Caricature, Short Comics – will be accepted
Prizes:
First Prize: 200
euros + Diploma
Second Prize:
Diploma
Third Prize:
Diploma
10 Special
Diplomas
Competition details:
1 – Technique: any
2 - Submit up to five (5) cartoons
3 - Write your name, country, address, phone number and
e-mail address
4 - Deadline for
entries: 15. January, 2013.
5 – Send your art-work on e-mail:
Note: 300 dpi
6 – If you send by post, adress is:
MAGAZINE “NOSOROG”
CARA DUŠANA 4
78000 BANJA LUKA
REPUBLIKA
SRPSKA
Bosnia-Herzegovina
Note: Please, do not send originals, because we will not
send you back!
8 - Jury members:
Mrs Maria Claudia Re, Argentina
Mr Aleksandar Blatnik, Serbia
Mr Milenko Kosanovich, Serbia
Mr Gergi Josifov, Serbia
Mrs Tamara Lujak, Serbia
Mr Micha M. Tumarich, Serbia
Mr Miladin Berich, Serbs Republic/BA
Mr Goran Kljajich, Serbs Republic/BA
9 – After Competition, will be organized big Exhibition
in National and University Library of Republika Srpska, city Banja
Luka
We wish good work and successful participation to
everyone.
International magazine for satire, cartoon and caricature
“Nosorog”
City Banja Luka
Republika Srpska
Saturday, December 15, 2012
New Blog of HUMORGRAFE
Enjeite-Se a Rosa mas a Laranja também por Daniel Abrunheiro
De
não igual mas idêntica maneira, vai cada qual levando a vida que lhe coube e
cabe. Não é porém feliz verdade essa da evidência de muitas vidas afixarem ao
peito de vidro o mesmo que muitos estabelecimentos nas respectivas montras: ARRENDA-SE, TRESPASSA-SE, VENDE-SE. É o
chamado fenómeno da LIQUIDAÇÃO TOTAL DA
EXISTÊNCIA. Sou levado a lapijar esta demonstração algo macambúzia pela
visão do acordeonista.
É
um cego esmoler de esquina – e da mesma estirpe dos que Salazar, por cosmética,
mandou encerrar em 1957 por ocasião da vinda a Portugal do real casal
britânico. Este músico pedinte de que vos falo, não sendo igual a todos os
outros, a todos os outros é idêntico: por ser, como eles outros, vivo símbolo
da vileza de uma sociedade que não cuida de se ver retratada a si mesma num
rosto desprovido da bênção da luz esmifrando migalhas de cobre ao pórtico
dourado das agências bancárias a troco e a compasso da lágrima ferrugenta da Rosa Enjeitada.
Do
presépio orneje o burro santo e muja placidamente a plácida vaca, que da
caridade as palhinhas lhes darão, se não que comer, o que tasquinhar. A
compasso de acordeão ceguinho, é difícil todavia que envelhecer em Portugal
deixe de ser um crime, que a simples escola pública não mais seja contabilizada
como um deve mas como um haver, que a saúde seja como deveria ser
saudação exercida localmente como direito terreno e não como celeste privilégio
de quanto é interior população, que a juventude não seja levada a alugar e a
empobrecer coração, cabeça e estômago nos modernos bidonvilles da velha estranja, que o sistema judiciário se preste à
justiça de ser justo por breve, idóneo, imparcial e equitativo – ou que, já
agora, os cronistas de última página possam passar a tecer docas à pesca sustentada,
ao direito laboral à medida do direito humano, à potenciação fruteira de um
solo úbere e à redução a desafio de futsal da relação RTP-PSP.
Enquanto
o cego toca, repugna-me o meu mesmo pendor por assim dizer ecuménico, que à
classe possidente há-de parecer descarada comunistice e à classe despojada desperdício
crasso de papel & lápis. Seja. Seja. Não posso deixar de me sentir
atordoado de impotência ante o acordeonista, a quem aliás não obolei com um
cêntimo que me não sobra nem vem. O meu Portugal-dos-Pequenitos não é o de
crianças violadas em seminários e/ou barracas suburbanas. A minha geriatria não
é a dos idosos ardendo devagar à combustão das lareiras de pardieiros. A minha
utopia é a de pão-com-manteiga, não a de amanhãs que diziam cantores mas que
afinal só tocam, mal, acordeão, e que só não vêem porque não querem, ou não
sabem, ver.
Monday, December 10, 2012
XIV CONGRESO ANUAL DE LA SOCIEDAD INTERNACIONAL PARA EL ESTUDIO DEL HUMOR LUSO-HISPANO
CONVOCATORIA
Fecha límite de recepción de propuestas: 12
de abril de 2013
La Sociedad Internacional para el Estudio del
Humor Luso-Hispano anuncia la recepción de ponencias para su décimo cuarto
congreso anual. La convocatoria está abierta a propuestas o paneles sobre
cualquier aspecto del humor en la literatura y la cultura de los países de
habla española o portuguesa, y sobre cualquier periodo o género. Las ponencias
pueden ser sobre literatura, análisis del discurso, semiótica, cine, arte,
música, cultura popular, ética, humor gráfico y periodístico, así como teoría
del humor y sobre historia cultural. Se sugieren ponencias con un mínimo de
jerga y que sean accesibles a los no especialistas. Las ponencias pueden leerse
en español, portugués o inglés. El tiempo de lectura se limitará a veinte
minutos. Se publicará posteriormente un volumen de ponencias seleccionadas.
Para participar en el congreso es requisito
hacerse miembro de THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR LUSO-HISPANIC HUMOR STUDIES.
Para la membresía ($20.00 USD) e información adicional, favor de ponerse en
contacto con el Dr. Paul Seaver, Secretario Ejecutivo de la Sociedad; E-mail:
pseaver@axs2000.net (416 Matlack St., West Chester, PA, 19380, USA).
Sesiones plenarias:
Luce López-Baralt, Universidad de Puerto
Rico-Río Piedras
Bruno Damiani, Catholic University of America,
Washington D.C.
INFORMACIÓN GENERAL SOBRE EL CONGRESO
LUGAR: University of Missouri-Kansas City,
Kansas City, Missouri, USA.. Sobre posibilidades de hospedaje, transporte y
atracciones de la localidad, se les informará posteriormente.
INSCRIPCIÓN: La cuota de inscripción para
profesores es de $90.00 USD, y para estudiantes, de $30.00 USD. A partir del 1
de agosto será de $110.00 USD y $40.00 USD, respectivamente.
RESÚMENES: La extensión es de 300 palabras (1
página) y en formato WORD en cualquiera de las tres lenguas de la Sociedad.
Favor de incluir los siguientes datos: nombre, afiliación, correo electrónico,
número de fax y dirección. Las propuestas se recibirán hasta el 12 de abril de
2013. Favor de enviarlas a:
Dr. Louis Imperiale
5100 Rockhill Road
Kansas City, MO. USA
E-mail: imperialel@umkc.edu
Fax: 816-2351312
Estudiantes graduados!
Se ofrecerá un premio de US$500 al mejor
ensayo del XIV Congreso de la International Society for Luso-Hispanic Humor
Studies.
Se regalará un premio de US$500, la cuota del
congreso así como un año de membresía con la Sociedad. Se extiende la
invitación a todos los actuales estudiantes graduados.
Es imprescindible enviar los trabajos
completos no más tarde del 1 de marzo de 2013 a imperialel@umkc.edu
Para más amplia información, favor de ponerse
en comunicación con el Dr. Paul Seaver (pseaver@axs2000.net
)
Saturday, December 08, 2012
Novo Blog da Humorgrafe
XII aniversario del Museo de la Caricatura y la Historieta Mucahi Bassoco
Saludos a
los amigos del Museo de la Caricatura y la
Historieta
Estimados amigos, doce años hace que fundamos el
Museo de la Caricatura y la
Historieta, el 2 de diciembre
del año 2000 en Cuautla, Morelos, con la ayuda de muchos de
ustedes.
Con la presente les comunico que el tradicional evento que realizamos para
rendir homenaje a destacados artistas
mexicanos lo celebraremos en el mes de febrero, en el marco de los festejos del
rompimiento del Sitio de
Cuautla, les estaremos enviando la fecha y el programa con antelacion.
Iniciando el año se renuevan gobiernos en los
municipios de Ayala y Cuautla,
asimismo el Estado de Morelos tiene nuevos representantes tanto en el poder ejecutivo y en los
poderes legislativos local y nacionales. Ante este panorama, los invitamos a
apoyar las peticiones que estaremos realizando tendientes a fortalecer nuestro
museo.
La petición que enviaremos a las nuevas autoridades será la siguiente, por
favor si están de acuerdo, envíenos su consentimiento.
El Museo de la Caricatura
y la Historieta Joaquín Cervantes Bassoco (Mucahi Bassoco), invita:
A los amigos del Mucahi Bassoco, A los creadores gráficos y literarios
de la historieta mexicana.
A los familiares de los artistas de la historieta
fallecidos, A los artistas, creadores, investigadores, y promotores de la
caricatura, el comic, y la novela gráfica de México y países hermanos, a
suscribir la presente PETICION:
Demandamos al Gobernador del Estado de Morelos, A los representantes
morelenses diputados y senadores ante el congreso federal, A los presidentes
municipales de Ayala y Cuautla, Morelos, así como a los diputados locales
del mismo estado a: Apoyar y gestionar todas aquellas
acciones necesarias para que el Museo de la Caricatura y la Historieta "Joaquín
Cervantes Bassoco", continué con sus labores tanto de rescate de la memoria
histórica de la historieta mexicana, como de homenaje y reconocimiento a sus
creadores.
Justificación: Desde su nacimiento en diciembre 2 del año 2000, en la ciudad de
Cuautla, Morelos, el Museo de la Caricatura y la Historieta, con recursos
propios, ha realizado un homenaje permanente a los creadores gráficos y
literarios que han hecho de la historieta un referente digno de la cultura
popular mexicana. Es así como el Mucahi Bassoco, ha realizado homenajes tanto a
los artistas vivos, como a aquellos que han fallecido, esto con la ayuda de sus
descendientes. El Mucahi Bassoco desde su nacimiento también ha mantenido sus
puertas abiertas en forma gratuita todo aquel que lo visita. Por ser el único
especializado en historieta mexicana en toda la republica, su acervo ha sido consultado para la
elaboración de tesis, de licenciatura, maestría, y otros estudios académicos y
de divulgación. También medios de comunicación televisiva como el Canal del Instituto Politécnico Nacional, y TV Azteca, han acudido a las instalaciones del museo para
documentar programas dedicados a la historieta mexicana. Cabe señalar que su
acervo se ha acrecentado con generosos y valiosos donativos de artistas
creadores y amigos del museo. La permanencia del Mucahi Bassoco en internet, ha
motivado el interés por su labor en personas de diferentes países del mundo, como Estados Unidos, Canada, España, Francia, Grecia, Perú, Venezuela, Argentina, Uruguay, Bolivia, Costa Rica, Chile, esto demuestra que la historieta mexicana goza
aun de un reconocimiento internacional que es necesario cultivar. En abril de
este año de 2012, el Mucahi Bassoco obtuvo un edificio en comodato, propiedad
del Comisariado Ejidal de
Anenecuilco, Morelos. Este
acto da garantía de que el museo tendrá por fin un espacio permanente para sus
nobles actividades.
Estas son solo algunas razones por las cuales es impostergable el apoyo de
las autoridades citadas al Mucahi Bassoco.
Te invito pues a que suscribas la siguiente
petición. Envíanos al correo
mucahi@gmail.com, Los siguientes
datos: Nombre completo, ocupación, ciudad y país de origen, correo electrónico.
Si eres familiar de algún historietistas vivo o fallecido, favor de citarlo.
También si quieres puedes citar las historietas de tu preferencia.
En correos posteriores estaremos enviando los detalles de la petición.
Seguimos en contacto amigos.
Recuerden que tenemos a la venta tres libros:
historietas de horror en mexico
semblanza de german butze y los supersabios
Un paseo por la historieta mexicana
El depósito debe de hacerse a:
RUBEN EDUARDO SOTO DIAZ
CUENTA BANORTE
0602154543
RUBEN EDUARDO SOTO DIAZ
CUENTA BANORTE
0602154543
Son 50 pesos por libro
-- Recibe atentos saludos de
Rubén Eduardo Soto Díaz, director del
Museo de la Caricatura y la Historieta "Joaquín Cervantes Bassoco"
Calle Libertad s/n, casi esquina Calle Emiliano Zapata, Anenecuilco, Ayala, Morelos, Mexico, C.P. 62710. Mapa de ubicacion
Tel Cel 044 735 11 25 848
http://comicsdehistoria.blogspot.mx/
http://museocomicmexicano.blogspot.com/
http://sotovideocartones.blogspot.com/
Thursday, December 06, 2012
Melão ao mar - Rosário Breve por Daniel Abrunheiro
Tirando os imbecis, que nem a si
mesmos entendem, julgo que toda a gente pode compreender toda a gente. A ler
vamos.
Rodolfo Hilo de Astona, muito
velho e quase cego, revisita, no pino do Verão, a outra cegueira: o mar. No
regresso a casa, ouve o vento no sangue, o trabalho do sal na areia do coração.
Pensa: “O ruído é o silêncio que não
sabemos ler”. O velho mete-se em casa e cala-se para dentro. Ouve o vento
repetir nos pinheiros a gravação das ondas da praia.
Maria de Jesus Taborda, vendedora
de melões, dormita no abafo da sombra da barraca de canas à beira da estrada
nacional. Um chinelo de borracha pinga-lhe do dedo grande. Duas moscas
disputam-lhe a orelha, despertando-a. A mulher mastiga em seco, abre um olho e
descobre-se viva num sopé de ouro branco: os melões por vender.
Conheci estas duas pessoas numa
paragem de autocarro. A vendedora de melões ajudou o velho a subir para a
viatura. Deitou-lhe a rude mão ao fraco sovaco e içou-o com inesperada delicadeza,
como se erguesse do prato uma codorniz grelhada. Maria escolheu para Rodolfo um
lugar à janela, sentando-se depois ao lado dele. Sentei-me atrás deles para ter
que vos contar.
Ela disse: “Os malandros dos incendiários, era amarrá-los a um pinheiro e
deixá-los arder.” Ele respondeu: “Moro
ao pé de pinheiros. À noite, parece o mar.” Ela perguntou: “Um pinhal ao pé do mar?” Ele
esclareceu: “O pinhal é o mar.” Ela: “Antes fosse e que os incendiários não
soubessem nadar!” E ele: “Vejo que
compreende.” Maria, feliz, disse: “Quando
passar pela minha venda, dou-lhe uma peça de ouro branco, meu senhor.”
Rodolfo aceita: “Adoro melões, minha
senhora”.
Não é difícil perceber os outros.
Difícil é termos alguma coisa para lhes dar. Nem que seja um melão. Nem que seja
o mar.
Saturday, December 01, 2012
New Blog of Humorgrafe
Peço a palavra - Rosário Breve – Crónica de Daniel Abrunheiro
Duche
tomado, queixo rasurado com pancadinhas finais de loção pós-barba, roupa
decente e sapatos não enlameados: eis como todas as manhãs, muito cedo, me
apresento ao público regional do café do bairro.
Às
seis e ¾ somos pouca gente – e sempre a mesma, para nosso burguesinho alívio.
Tenho logo direito, como os demais íncolas, ao nome próprio e a nem ter de
dizer ao que venho – que por igual me não variam o baptismo e o consumo.
Sento-me à mesma mesa da galeria e cafeíno-me devagar enquanto faço de conta
que as não espero. Mas espero-as. E elas nunca me falham, nunca tardam, não
deixam de vir jamais: as palavras de cada dia.
São
os brinquedos que levo mais a sério. É porque elas trazem pessoas dentro. As
palavras trazem pessoas dentro – o contrário é que nem sempre. Sem palavras que
as contivessem, as pessoas valeriam menos do que sinais de trânsito numa rua só
pedonal. A palavra “Rita”, por exemplo, contém duas dedadas castanhas chamadas “olhos”e
um travessão de discurso directo chamado “boca” que emanam “Senhor Daniel,
então o cafèzinho a dobrar mesmo como mand’-a-lei, pois atão não é verdade?”.
É, Rita.
A
palavra “Choupal” voa-me em falso e em vão para uma casa que já não tenho numa
cidade que não existe já (os Pais eram a casa, eram eles a cidade).
A
palavra “paz” faz-me sorrir por causa do Nobel dado este ano à União Europeia,
quando até a Rita sabe (e di-lo sem papas de gaguejo) que “ó senhor Daniel,
deviam mas era tê-lo dado aos nossos tribunais, a esses é que sim, ora veja-me
o senhor Daniel, o Isaltino em paz, o Valentim em paz, os coisos do BPN em paz,
os dos submarinos em paz, os casapiadófilos em paz, é mesmo como mand’-a-lei
pois atão não é verdade?”. É, Rita.
A
palavra “pedra” não me faz sorrir – por não ser palavra que se ponha nas mãos
de meia-dúzia de fedelhos, ainda por cima covardes, que, à frente de
manifestantes justamente indignados mas dignamente cívicos, rastilham na
polícia uma reacção só cirúrgica no banco das urgências hospitalares.
A
palavra “mulher”, tirando a que da particular minha é particularmente
continente, é-me já, por má-sina, mais volátil do que a branca cegonha cujo voo
caia de alvinitente neve alada os virentes arrozais e os púrpur’anilados céus
de Portugal: pois que, à beira não tarda do meu primeiro meio século de idade,
já a próstata me as faz ver tão mais formosa’petecíveis quão mais altamente
longínquas e mais longemente fora de unhas.
À
palavra “esperança” não dou, até por aziaga rima, confiança. O
ovo-no-cu-da-galinha não me é filosofia benigna. Será luzinha periclitante ao
cabo do túnel do doente terminal. Ou do honesto sportinguista. Ou do crédulo
penitente de impenitente e peregrina mania do vai-lá-com-deus. Sou mais do
correr do que do fiar-me-na-virgem.
É
bem verdade porém que, qual canavial inclinado pela tormenta eólica, tremo o
meu bocado à plural palavra que tão singular é: “filhas”. Rosas ambas de alvura
a mais nívea, vivo lírio cada uma cujo caule declina a etérea desinência que me
levou a ajudar a fazê-las de olhos fechados e braços abertos, fazem-me, agora
que deram já as sete e meia, merecer da manhã nova a sagração boa e o bom
verniz de estar vivo.
Assim
é, pois, que dou por mim cuidando de não atirar, afinal, pedras à esperança,
indo em lugar disso com elas, filhas e palavras, um destes dias de melhor sol,
a Coimbra rever a casa que era dos meus Pais e que eles eram, sítio onde
deveras se aprende o que, em letra e espírito, mand’-a-lei.
Não
é, Rita?
Concurso integrado no 50° aniversário da União Africana/ Organização de Unidade Africana "Change the Perspective" - Unidade africana- miragem e equívoco ou necessidade e oportunidade
Prazo de entrega: 31 de Dezembro de 2012 às 24 horas.
O concurso está integrado no 50° aniversário da União Africana/ Organização de
Unidade Africana (UA/OUA)
Os melhores trabalhos serão premiados, com 5.000 € para o 1° lugar, 2.000 € para o 2° lugar e 1.000 € para o 3° lugar.
Por favor, informem-se sobre as condições de participação (em inglês, francês, português e alemão) através da página: www.cartoon-competition.org
Enviem as vossas caricaturas a cada um dos seguintes emails:
Os melhores trabalhos serão premiados, com 5.000 € para o 1° lugar, 2.000 € para o 2° lugar e 1.000 € para o 3° lugar.
Por favor, informem-se sobre as condições de participação (em inglês, francês, português e alemão) através da página: www.cartoon-competition.org
Enviem as vossas caricaturas a cada um dos seguintes emails:
O antigo presidente sul-africano Thabao Mbeki, um dos fundadores da União Africana e da NEPAD, publicou uma critica à UA na edição de Setembro do jornal sul-africano "The Thinker". Thabao Mbeki explicou, porque não participou na 19° Assembleia da UA a 15 de Julho deste ano: "deveriamos ter aproveitado o 10° aniversário da União para discutir de uma forma séria, sistemática e estratégica o caminho percorrido por África na última década, assim como defenir onde estamos hoje e que rumo devemos tomar na 2° década da União."
O 50° aniversário da UA/OUA no próximo ano, pode ser uma excelente ocasião para se efectuar essa avaliação à Unidade africana e em geral ao Pan-africanismo. Por este motivo convidamo-los a participar nesta oportunidade única para abrir o debate em torno desta questão. Os caricaturistas poderão iniciar por primeira vez na história um importante debate politico com os seus trabalhos.
Na introdução do seu artigo, Mbeki cita ao escritor Afro-americano Diehters Langston Hughes: O que acontece com um sonho que se adia? (What happens to a dream deferred?), esta pergunta pode servir como estimulo para uma discussão criativa.
What happens to dream deferred?
Does it dry up
like a raisin in the sun?
Or fester like a sore -
And then run?
Does it stink like rotten meat?
Or crust and sugar over -
like a syrupy sweet?
May be it just sags
like a heavy load.
Or does it explode?
Acrescentámos nós ao artigo de Thabao Mbekis.
A Dream Deferred
Na nossa página de internet (www.cartoon-competion.org) encontram o link do texto "Pan-Africanist Debate" Visitem o site!!!
Esperamos, que estejam entusiasmados com o concurso de caricaturas que se realiza para celebrar o 50° aniversário da UniãoAfricana/ Organização de Unidade Africana.
Para concluir, queriamos pedir-vos que informem os vossos colegas sobre o concurso. Divulgem o convite através das vossas websites, portais de internet, assim como em cartas circulares e outras publicações.
Desejamo-vos o maior sucesso no concurso!!
Annette Hornung, Konrad melchers und Juergen Weber
Rede de journalistas alemāes para o terceiro mundo
(Dritte Welt Journalisten Netz, DWJN)