Thursday, March 28, 2013

Novo álbum de Ferreira dos Santos "KITO"


Já à venda!
KITO em papel!
 Características
Formato A5
48 Páginas
Edição limitada de 100 exemplares
Numerados e assinados pelo autor
Custo 15 euros (portes de correio incluídos)
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António Ferreira dos Santos (F´Santos)

Monday, March 25, 2013

Viva a Graciete - Rosário Breve por Daniel Abrunheiro



Tive um sonho em que apareciam como protagonistas Passos Coelho e Lee Harvey Oswald. Já não me lembro do enredo, só que acordei feliz.
Levantei-me, pois, fresco e retemperado. Na cozinha, liguei o rádio e aqueci café. A antena debitava pela enésima vez as últimas (ou as primeiras) de Francisco I, o novo sumo pontífice. “Com papas e bolos se engana os tolos”, surdinei eu, ferrando um bolo entre goles de chávena. Lavei-me à gato com água do bidé. Ambas as torneiras do lavatório estão perras, mas é que, como vos disse na semana passada, já não há canalizadores em Portugal. Tenho em Espanha um primo que percebe disso, mas o Gaspar já disse que até pelo menos 2015 ele não volta. Quer dizer que até 2021 o não vejo. Ao meu primo.
Penteei-me com um resto de brilhantina de um boião que me deram no Natal de 2008, época em que (é curioso, enquanto escrevo, que tal me ocorra) eu já tinha sonhos tipo Sócrates & Buíça. Olhei-me ao espelho: parecia a Gioconda penteada a leite. Fiquei satisfeito, até porque não sou dos desempregados mais carrancudos da viela.
Voltei à cozinha, meti quatro bolachas-maria no bolso esquerdo da jaqueta e na direita uma garrafa que foi de iogurte líquido meia de aguardente vínica que a tonta da minha senhora se esqueceu ontem de esconder depois de assar o chouriço de colorau que a mãe dela nos deu por pena. Fiz-me então ao rio da rua. Chovia, última coisa que Deus ainda dá.
O café da Graciete tem desde sábado a bica a cinquenta cêntimos outra vez. Baixou dez para chamar de volta os fregueses. Graciete e Gaspar, em inteligência, só têm de comum a primeira letra do nome. Como meio euro é o que as pessoas que ainda têm carro dão para estacionar, ninguém explicou ainda porquê, a Graciete voltou a ter de manhã, certinhos, cinco de nós, arrumadores.
Tomei a bica devagar para parecer muita. De frio, o último sorvo sabe a gato molhado, mas paciência: ao menos habemus papam, que é como se diz tolo em latim.
Fui então, por assim dizer, trabalhar. Foi uma manhã mais ou menos: fiz quatro euros e trinta e dois tostões – tive uma senhora que se me desfez em desculpas mas que só tinha pretas, como agora acontece nos investimentos pós-coloniais em Portugal. Por ser bom gajo, disse-lhe que ela para a próxima me dava dois euros e ficámos assim muito amigos tipo troika.
Comi as bolachas, poupei para um aperto da tristeza quanta vínica pude e voltei à Graciete, devia ser quê, uma e meia já. Bebi dois bagaços com o Zé Pisco que faz o estacionamento do mercado da fruta, o sortudo, o leiteiro. Como o Record estava ocupado pelo gajo da farmácia, bocejei as cáries e deixei-me estar a pensar em nada, que é o desporto preferido do nosso povo a seguir ao futebol. Alguém porreirinho-pá deve ter pago mais alguns cálices valentaços, também já não me lembro, isto de beber é como nos sonhos, vale que um gajo se esquece até do mal, quanto mais do bem, o certo é que já não fui, por assim dizer, trabalhar todo o resto da parte da tarde.
Dei por mim era já noite (e eu matéria dela, noite), por modos que arrepimpado no rebordo do chafariz e de cós virado para as gárgulas premonitórias de uma improvável pedra-de-Ançã talhada num século diferente e talvez melhor do que este. Nem triste nem eufórico, eu. Algo desalentado, apenas, desse desalento de cortiça que faz ranger a pituitária aos bebedores sem alegria nem lembrança.
Desalentado, digo, porque eu nem toda a vida quis ser arrumador. A falar verdade, o que eu queria mesmo era ser o Oswald. Ou o Buíça, que sempre era português.
E professor, como eu também já fui.

Exposição "Correia Dias um Pioneiro do Modernismo no Museu de Arqueologia de Vila Real a partir de 3 de Abril

Fernando Correia Dias (Lamego 10/11/1892 - Rio de Janeiro 19//11/1935)
Uma organização da Douro Alliance e produção de Osvaldo Macedo de Sousa. É uma pequena retrospectiva deste genial artista luso brasileiro, pioneiro do modernismo em Portugal e Brasil nas artes da ilustração, do humor, do design gráfico, da cerâmica  das artes decorativas... Esta exposição está integrada nas comemorações dos 120 anos do seu nascimento, evento iniciado em Lamego em Novembro de 2012
Estará patente ao ao publico no Museu de Arqueologia e Numismática em Vila Real até 28 de Abril.

Saturday, March 09, 2013

www.humorgrafenews.blogspot.com

Concurso BD e Cartune no MouraBD 2013


16º Concurso de Banda Desenhada e Cartune - Moura BD

Com o regresso do Salão Moura BD, na sua 18ª edição, decorre igualmente o 16º Concurso de Banda Desenhada e Cartune. Uma oportunidade que apela ao espirito criativo de todos quanto queiram, porque está aberto à participação de artistas nacionais ou estrangeiros. Há prémios monetários e a exposição dos melhores trabalhos. Deixo aqui uma síntese que não dispensa a consulta do regulamento oficial que pode ser efectuada neste link.

  • O concurso decorre dentro de duas modalidades: banda desenhada e o cartune, que engloba o desenho de humor e a caricatura.
  • O tema dos trabalhos é livre.
  • Os trabalhos podem ser apresentados a cores ou a preto e branco, em qualquer técnica ou suporte, num formato máximo de 50 x 50 cm, embora para efeitos de publicação se aconselhem o A4 (210 x 297 mm) e o A3 (297 x 420 mm).
  • A data limite para envio dos trabalhos é de 1 de Abril de 2013 (data do carimbo dos CTT).
  • Em cada escalão haverá um prémio monetário para o vencedor.
  • Os melhores trabalhos serão expostos no MOURA BD 2013 que se realiza entre 19 de Abril e 1 de Maio.


Papa Bento XVI na caricatura


Marinela Nardi

Pedro Molina



27a Biennale Internazionale dell’Umorismo nell’Arte, che si terrà a Tolentino


REGOLAMENTO

Il Comune di Tolentino indice e organizza la 27a Biennale Internazionale dell’Umorismo nell’Arte, che si terrà a Tolentino dall'11 luglio
al 6 ottobre 2013.
1. La Biennale è aperta agli artisti di tutto il mondo, i quali potranno partecipare al concorso “Premio Internazionale Città di Tolentino” dedicato all’arte umoristica con un numero massimo di tre opere inedite e in originale, di dimensioni e tecnica libere, in qualsivoglia forma d’arte visiva: illustrazione, scultura, fotografia, digitale e ogni tipologia di materiale e di supporto.
2. Il tema della Biennale 2013 è “o combatti o scappi (oppure ridi)”.
3. Il termine utile per l’ammissione in concorso delle opere è fissato al 22 aprile 2013. Entro tale data tutte le opere dovranno pervenire a:
Segreteria della “27a Biennale Internazionale dell’Umorismo nell’Arte” - Piazza della Libertà, 3 - 62029 TOLENTINO (Italia)
Solo le opere realizzate con "tecnica digitale" dovranno pervenire su CD/DVD o via mail, in formato jpg in alta risoluzione (300Dpi), max. 2Mb, al seguente indirizzo di posta elettronica:
works@biennaleumorismo.it
Ogni autore dovrà allegare obbligatoriamente la scheda di partecipazione compilata in ogni parte e debitamente sottoscritta (anche per le opere realizzate con “tecnica digitale”) e ciascuna opera dovrà essere corredata dell'apposito tagliando.
4. Le opere dovranno essere inviate in porto franco. Le opere inviate verranno accettate soltanto se non sono gravate da tasse, oneri doganali, ogni altro onere a carico dell’Organizzatore.
5. Il Comune di Tolentino, quale organizzatore della manifestazione, assicura la massima diligenza nella custodia e sorveglianza delle opere, declinando tuttavia ogni responsabilità per eventuali furti, incendi, danni o smarrimenti dovuti a cause imponderabili che dovessero verificarsi per tutta la durata della permanenza delle opere presso la sede della Biennale e durante le fasi di trasporto delle opere medesime.
6. L’accettazione delle opere, la loro selezione per l’esposizione e l’assegnazione dei premi è di esclusiva competenza della Giuria nominata dall’Amministrazione Comunale di Tolentino di concerto con la Direzione Artistica. Il giudizio della Giuria è
insindacabile e inappellabile.
7. La Giuria assegnerà i seguenti premi:
– "Premio Internazionale Città di Tolentino" - Vincitore della Biennale € 3.000,00. Il vincitore della Biennale sarà ospite della Biennale 2015 con una personale (max. 30 opere). In caso di ex-aequo il premio in denaro assegnato verrà ripartito tra i vincitori.
– 2° Premio - riconoscimento;
– 3° Premio - riconoscimento.
La Giuria conferisce inoltre:
– Il Premio alla Carriera “Cesare Marcorelli”;
– Il Premio Accademia dell’Umorismo “Luigi Mari”;
– Altri premi speciali.
8. Le opere saranno restituite a spese dell’Organizzatore su richiesta dell'interessato non prima del trentesimo giorno successivo alla prevista data di chiusura della Biennale, salvo proroghe, ad eccezione del 1°, 2° e 3° premio e delle opere espressamente donate dall'Autore, che rimarranno di proprietà del Museo Internazionale dell'Umorismo nell’Arte.
9. L’Organizzatore della Biennale Internazionale dell’Umorismo nell’Arte è autorizzato a riprodurre le opere selezionate per la loro pubblicazione sul catalogo ufficiale della rassegna, per il numero di esemplari che l’Organizzatore stimi conveniente.
L’Organizzatore è autorizzato alla pubblicazione per la diffusione delle opere medesime anche attraverso l’impiego dei mezzi di riproduzione, di diffusione a distanza e del web. L’Organizzatore è autorizzato a pubblicare l’opera su qualsiasi supporto, anche a fini di carattere commerciale. L’Autore sarà indicato, nelle riproduzioni dell’opera, nei modi d’uso. L’Autore consente la libera utilizzazione dell’opera ai fini conoscitivi, educativi, ricreativi e di pubblico godimento, senza previsione di compenso alcuno.
L’Autore dell’opera pubblicata rinuncia espressamente a qualsiasi compenso.
10. La partecipazione in concorso alla 27a Biennale Internazionale dell’Umorismo nell’Arte implica la piena e assoluta accettazione del presente Regolamento.
11. Il Regolamento è pubblicato in lingua italiana, francese, inglese, spagnola, tedesca. In caso di controversia fa fede il testo in lingua italiana.
INFO:
www.biennaleumorismo.it
tel 0733.901365 / 0733.901326 / 0733.969797
fax 0733.966535
e. mail: info@biennaleumorismo.it

"Carlos Alberto Villegas Uribe - La resignación sonríe; la libertad ríe" Crónica de José Nodier Solórzano Castaño


Abordar la vida de una persona no puede desligarse del lugar donde nació y creció, porque más allá de la voluntad individual somos producto de la cultura. Somos hijos de un cristianismo como el católico que heredamos de los españoles, de los crímenes de la Santa Inquisición del Medioevo, de su moral tenebrosa, pero también de su infinita bondad y conmiseración franciscana. Somos herederos de una tradición de solemnidad y melodrama que sonríe sigilosa, que ningunea y castiga el abierto desparpajo de la risa.

Conozco, y eso me maravilla, a un ser humano que rompe paradigmas y crea alternativas culturales. De joven, mientras su risa crecía por todos los ámbitos, se dejó seducir por la poesía de Baudilio Montoya, a quien recitaba como si el poeta fuera, como lo es, el Homero de nuestra tierra, de Calarcá.

Cuando conocí a Carlos Alberto Villegas Uribe, Calarcá era un lugar hermoso para vivir, y el colegio Robledo, orientado por Bernardo Ruiz y luego por Elmer Marín, era el escenario de refriegas estudiantiles que resplandecían como un coletazo en provincia de Mayo del 68 en París o de las disputas ideológicas en las universidades de Bogotá. El Quindío, con su monocultivo del café, que era también campo del monocultivo conceptual, cerrado y trancado por dentro, poco vivió esa experiencia vivificante que cimbraba las estructuras de poder de un país, como Colombia, godo y retrógrado.

Estudió en la universidad del Quindío, ayudó a fundar la universidad a Distancia, esa añagaza populista de Belisario, luego estuvo en Bogotá, en el Icfes, en la universidad Javeriana, pasó por la alcaldía de Bogotá, pero siempre a contrapelo, como debe actuar un intelectual, de los poderes abusivos de los políticos, de los banqueros y los sacerdotes.

Después inventó en Calarcá un programa cultural llamado Café Converso; y mientras dibujaba con inusitada pericia caricaturas, grababa imágenes, escribía bellos poemas o estudiaba mitología griega, fue director de Cultura en el gobierno de Henry Gómez Tabares. Supo defender los valores del folklore, pero, a la vez, imaginó que la gestión cultural se podía proyectar en un ejercicio de planificación que él denominó Biocultura 2020, y que la clase dirigente del Quindío frustró como idea colectiva.

Y su risa, el mejor testimonio de su libertad de pensamiento, fue creciendo, y él un día se fue para España a hacer un doctorado para poder explicar con teoría los sismos de su corazón grande. Cuando terminó regresó al Quindío con un equipaje de ideas y de dignidad que, muy pronto, después de posesionarse como secretario de Cultura, fue estorboso, por su honradez intelectual, para la politiquería. De nuevo, avanzó en la construcción de un sistema de cultura y, otra vez, las ideas declinaron ante el pragmatismo clientelista. Mientras algunos lo tildaban de loco, otros admirábamos su risa como antídoto contra la ignominia; a las carcajadas se fue para Texas a seguir estudiando, en este caso, una maestría en escritura creativa.

Tuvo dos accidentes cerebrovasculares, de los que se recupera, pero su principal enfermedad es su obsesión de pensar en un Quindío educado, libre y creativo.

Su recuperación será lenta, pero no importa. Él como Ulises tiene su Itaca – Calarcá– o como Paris el troyano, la inspiración de su dulce Elena; ella lo conducirá a buen puerto.

Mientras muchos sonreímos, resignados, Villegas Uribe, libre, ríe.

 

Rosário Breve - Uma gala e o magalinha Crónica de Daniel Abrunheiro


Não sei se há (não) vamos pela grândola-vila-morena. Sei que não vamos lá pelo marinho-pinto, o “marinho-da-ANOP” de antigamente. Também sei que, sobre a minha banca de trabalho, ensebada de má literatura pela derme da almofada dextra da minha mão escriba, dois documentos se contradizem e re-ligam. Não é contradição. Falo do discurso de 30 de Janeiro do corrente que o corrente Bastonário da AO perorou, ou latiu, ou rosnou, ou professou, e da Cartilha de Higiene que o Ministério da Guerra interessou e endereçou ao “soldado português” de 1912 via Imprensa Nacional. A caca é a mesma. A antecipação é minha. Provas? Ei-las.

Diz o Marinho, de cordão dourado atravessado e citando poetas que não percebe, não consome & não consuma:

“Hoje, em Portugal.”

Ora, isto é inaceitável. O Marinhozitozinho, se há coisa que não percebe, é hoje Portugal. A gente comum não pode ser, nem é, só hoje e só Portugal. A gente não pode ser só pequenito de corpo e da alma. A gente tem mais é de ter cuidado com as meninas. Cartilha de Higiene de 1912. “As doenças invisíveis são produzidas por germes chamados micróbios.” O asseio da justiça e o do corpo são indissociáveis. Não se pode, tendo lido deveras Jorge de Sena, cheirar mal dos pés pela boca. Ora, o “poeta castrado” do nosso Óscar Wilde, vulgo Ary dos Santos fica mal a um pequenito que recorda, a um cronista mal intencionado, o terrier mínimo que ladra muito, morde nada e quer ser PGR.

Eu, ri-me sala-domesticamente, com a minha senhora perante a invasiva poética do Marinho da “ANOP-top-top”. Como tenho bibliografia e interesse afecto-emotivo-sexual de primeira-água pela minha senhora, disse-lhe, a ela, pensando nele, Marinho Pinto, o seguinte: “O asseio é a primeira condição da saúde.”

E ela assim para mim: Mas olha que o Marinho.

E eu assim para ela: Amor, não queiras ser procuradora-geral assim tão de repente.

Recordo comigo, que, eu cito porque sou inteligente e escrevo n’O Ribatejo:

“Não é vergonha para o soldado, e não é vergonha para nenhum homem, o ser tocado de doença venérea.”

Portanto, Marinho, citador do meu Jorge de Sena, isto:

“ O esquentamento, quando é mal curado, dá em crónico: quer dizer, nunca desaparece de todo (…)”.

Por isso, colega, cita o Ary esquerdelho que te apetecer, mas isto deixo em papel escrito: és pequenito, és pequenito, nunca hás-de deixar de ser pequenito.

Terra da fraternidade.

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